segunda-feira, 10 de junho de 2019

Superação no Esporte (Tente outra vez...)



Olá, vou contar um pouco da minha superação envolvendo o esporte e como o prazer de superar me faz querer muito mais.

Muitos dos que estão lendo, e que me conhece, sabem que eu sou uma pessoa de intuição e também bem competitivo. Sempre procuro seguir meu caminho com coisas que me chamem a atenção, principalmente quando envolve a participação de pessoas. Não Censuro nenhum caminho, mesmo que ele não me agrade. Aproveito e aprendo com cada opção que sã oferecidas a mim. E uma coisa que anda lado a lado comigo é a SUPERAÇÃO. Sabe quando você arrisca, mas não fica com medo? É isso! Tiveram diversos momentos em que fui desafiado e haviam dúvidas que eu mesmo colocava sobre mim. “Será  que consigo? O que as pessoas vão pensar se eu fracassar?". Mas, descobrir que se você não se comprometer e arriscar, sinto em dizer, mas você jamais vai conseguir.
Após o meu acidente, confesso que o esporte era o menor dos meus problemas. Pensava mais em como iria sobreviver do que como VIVER. O primeiro “esporte” que me chamou a atenção foi o vídeo game. Cheguei a assistir campeonatos de futebol de alguns amigos. Imaginava que nunca mais iria ter o prazer de jogar vídeo game com apenas uma mão, mesmo  comprei um aparelho e em dois anos eu já estava jogando de igual para igual com alguns de meus amigos.  

Depois dessa fase, decidir arriscar mais a praticar esportes que eu já havia praticado antes do acidente. Minha primeira opção foi o futebol. No começo o medo de me machucar era enorme, mas aos poucos foi ficando mais divertido e mais divertido. Tinha uma coisa que me deixava com o sentimento negativo, mas acredito que a palavra não seja essa, talvez pensativo. Eu percebia o cuidado que meus amigos tinham para não me derrubar, ou mesmo na hora de dividir uma bola. Eu entendia a preocupação deles, mas não queria passar a ser o “café com leite”. Então, comecei a usar a mesma estratégia do vídeo game, fui me aperfeiçoar aos pouco e associei a caminhada como outra forma de esporte, Alem disso voltei a andar de patins  para ganhar mais equilíbrio (foto)


Foram mais três anos e lá estava eu, não de igual para igual. Mas competitivo. Era dificil para dominar a bola, mas quando os gols começaram a sair a marcação era homem a homem. Joguei em quadra sintética, quadra de futebol de Salão, e até no Campo (estádio municipal da cidade. foto) 
Na minha memória em cinco anos jogando futebol após meu acidente, fiz 27 gols em quadras e apenas 1 gol no campo.




Em 2018 encerrei minha carreira de atleta “café com leite” qundo quebrei a tíbia e a fibia prendendo o pé na quadra sintética. (foto).








Como vocês podem ver na foto, fui ovacionado pelos colegas, que sorriam ao me levar para ambulância. Não foi a aposentadoria que eu esperava, mas me sentir vitorioso em cada jogo. Aprendi que minha vitória era está jogando independente do resultado. 
Depois de sete meses após minha aposentadoria no futebol, o esporte apareceu para eu poder me superar novamente, superar meus limites, meus medos, e minha coragem.  A empresa onde eu trabalho na área administrativa, promoveu um evento aos funcionários, oferecendo uma corrida de KART. Não sei se você já andou, mas eu nunca tinha andado, nem mesmo antes do acidente. Algo novo para mim. E que de imediato me deixou com medo. Pois eu já tinha ouvido falar que o Kart tinha a direção dura que em velocidade teria que utilizar dois braços para poder manusear e mesmo assim teria que ter força para segurar o volante. Vou confessar, não disse a ninguém, mas quando confirmou que realmente iriamos andar de kart, fiquei pensativo e levei meus pensamentos em tudo que eu já havia conquistado e em tudo que eu já tinha sofrido. Eu sabia que o perigo de eu sofre alguma lesão era evidente. Esse evento foi marcado um mês antes, com um número de vinte funcionários convidados, mas a bateria para correr no Kart era de apenas quinze pessoas. Eu já tinha colocado a minha vaga a disposição caso todos os vinte confirmasse. Mas com os dias passando ja foram desistindo alguns, por terem compromissos no mesmo dia.  Enfim, 12 pessoas confirmadas. Para todos os outros era um dia comum e iriam andar de “carrinho” alguns já até conheciam ou já tinham tido essa experiência. Ouvir um burburinho entre alguns de que eu não iria conseguir, pois realmente é difícil. No dia do evento liguei na empresa de Kart para perguntar se por acaso houvesse chuva se iria acontecer a corrida, o mesmo respondeu brincando, só de for um temporal e com ventos de derrubar arvore.  É vai acontecer.  Chegamos por volta das 18h30 e já havia carrinhos na pista. Fiz um vídeo para registrar o momento e disse para mim "acho que não vou". De repente olhei para meus colegas e todos estavam empolgados, tirando foto aproveitando aquela situação. Por fora eu também estava sorrindo, mas por dentro apreensivo querendo só assistir. Fomos se prepara, quando eu informei para o rapaz que dava os equipamentos de segurança que sou deficiente físico, e que não mexia o braço esquerdo, ele me disse: toma aqui sua luva e seu macacão quando terminar de se vestir pega o capacete aqui comigo. Ele ainda deu uma dica: vai devagar e sempre pela direita. Durante o processo de me vestir, minha adrenalina começou a subir e meu lado competitivo começou a me dar forças, fui um dos últimos a me arrumar, dali fomos para uma sala, ouvimos instruções para a corrida e depois direcionados para os carrinhos. Ficamos parados cada um dentro do seu carrinho por uns dez minutos minutos. E foi então que a corrida começou.
Dos doze participantes confirmados um desistiu uma hora antes de chegarmos ao local da corrida, disse que estava com inicio de gripe e o fez desistir e um segundo participante desistiu na corrida de apresentação. Não se adaptou ao carrinho. E depois de 17 voltas em 15 minutos terminei a corrida em quinto lugar (foto)

As vezes colocamos nossas energias em tantas coisas superficiais que não sobra tempo para pensar em nossas superações, para mim já faz parte do cotidiano, fico esperando qual vai ser o prazer da próxima superação, do frio na barriga, dos riscos a assumir, das responsabilidades e as vontades que tenho. Calculamos tantas rotas e erros que nos esquecemos de simplesmente curtir nossas escolhas. Acredito que quanto mais o tempo passa, mais eu entendo que é melhor experimentar todas as possibilidades do que deixá-las apenas em pensamentos.