Caminhos, desafios, histórias...cada
caminho uma história e cada história um desafio cada desafio um aprendizado.
Partimos para o sul de minas com
objetivo de apreciar a cerimonia e dedicar aos noivos felicidades até que a
morte ó separe, após muita festa, diversão e churrasco a hora de partir estava
próximo, e seria mais um final de semana perfeito. Algumas horas antes de
voltar para a cidade de pedra, decidir brincar com o futuro jogador de futebol,
em meio a dribles e gracinhas, pisei em falso e quebrei o pé, na hora parecia
apenas uma torção... seguimos para o pronto socorro mais próximo, tiramos um
raio X e foi comprovado fratura no metatarso na falange do pé esquerdo rs.. Fui
encaminhado para um hospital e lá mesmo coloquei gesso, e ganhei um atestado de
30 dias. Seguimos para o primeiro desafio... Dali seguir para a rodoviária e já
sabia que a viagem seria longa... não podendo usar muletas e não podendo por um
pé no chão, fui igual a um “saci maneta” após seis horas de viagem com atrasos,
chegamos meia noite na rodoviária... agora seria o caminho mais intenso,
dependíamos de condução e faltava poucos minutos para encerrar o expediente do
transporte e ainda iriamos pegar Metro, Trem e ônibus, seguimos no pula-pula
com um pé só e chegamos cansados no metro, mas chegamos.., depois subi uma
escada rolante e desci mais dois lances de escada, corre que o próximo trem
será o último do dia, o corpo já cansado da viagem longa e a paciência
esgotada, sigo pulando e sorrindo a cada pulo, o trem já está na plataforma
ouço no rádio de um guarda.. “Segura o Trem que temos um deficiente para seguir
viagem” ufa chegamos, agora falta só mais algumas estações e já estamos na
nossa cidade...não! O caminho de chegar em casa ainda nos prepara mais um
desafio, em meio a bate papo e argumentos sobre a situação ouve - se aquela voz
cansada: “esse trem não seguirá viagem manutenção nas linhas, por favor
desembarcar, para seguir viagem ônibus em frente à estação” o choro interno
estava a uma gota para sair, a perna já não aguentava mais pular, por se tratar
do último trem daquele dia, o ônibus na estação também seria o último. Do trem até o ônibus estimativa de três
minutos, mais no meu caso estimativa de vinte e cinco minutos, subi o primeiro
lance de escada e parei, uma pessoas chamou o guarda que trouxe uma cadeira de
rodas, chegamos até o elevador e terminamos de subir, porem na parte externa da
estação não tinha elevador, são quatro lances de escada descendo, e apenas um
guarda para terminar essa caminhada, ouço o motorista buzinando, alguém
gritando para esperar, e o nervosismo tomando conta, já passa de uma hora da
madrugada e eu na ponta da escada da estação não sabendo o que fazer, dentro de
no mínimo uns cinco minutos reuniu um guarda municipal, um segurança da estação,
um faxineiro e acredito eu que o cobrador do ônibus e eu suando cansado nos
braços de quatro homens e sorrindo rs.. Em fim cheguei em casa, feliz e
agradecido, com a voz no radio pedindo para segurar o trem para eu conseguir
entrar, pelo segundo guarda que trouxe a cadeira de roda e ajudou a descer as
escada, pelo segurança da estação que foi proativo para ajudar, pelo cobrador além
de ajudar a carregar também poderia ter perdido o ultimo ônibus, pelo motorista
que mesmo buzinando e querendo ir embora para poder descansar, assim que entrei
no ônibus perguntou se eu estava bem e ainda contou histórias no caminho, e
agradecer principalmente ao o Anjo que veio do meu lado o tempo todo, me levou
no pronto socorro, foi no hospital,
minuto a minuto orientado e vendo a melhor forma de seguir esse caminho,
servindo água para eu aguentar, serviu
de apoio a cada pulo, segurou minha mão quando eu descansava, enfim agradecer ao abraço no fim total dessa
viagem.
Apesar de todas as dificuldades,
ainda existem pessoas de bom coração.
Fazer o bem sem olhar a quem ;)
não faz mal a ninguém
Como gratidão não gasta nem acaba, deixo aqui minha gratidão por replicar sua perspectiva! Pois no tempo que estamos vivendo, nos falta casos cativantes em sua simplicidade, para nutrir nossa fé em nossa espécie.
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