Às vezes um coadjuvante se torna
um personagem principal no decorrer da história...
Como o Robin na vida do Batman, como
o skeeter valentine na vida de Doug Fanny, até mesmo o Zé pequeno na época de
“Dadinho” na vida do Bené.
Para voltar sorrir, para voltar a
andar e para não desistir tive alguns coadjuvantes nessa minha caminhada de superação.
Começamos nossas aventuras
através de desenhos compartilhados, não assistir desenhos... Mas desenhar,
expor nossas ideias em uma folha de papel, perdíamos horas fazendo copias de
desenhos de revista, foto de jornal, desenhos de TV e etc... Só para se
divertir, na verdade não perdemos, ganhamos horas fortalecendo essa amizade,
crescemos e ficamos um pouco distante fisicamente porem próximos e fiéis no
coração, tivemos algumas histórias... Nunca fomos bons em futebol, mas treinávamos
no famoso Pelézão, buscando aquele sonho que a maioria dos garotos tem, (ser
jogador de Futebol) com vários amigos, íamos fazendo bagunça dentro do trem,
cinquenta minutos de pura diversão, crescemos tão próximo, mas não tínhamos as
mesmas condições, “não estou falando de dinheiro, mas isso nesse momento não tem
importância” rs.. Ele seguindo a linha do Robin não estava em todos os
capítulos da minha vida, mas nos que estava fazia a diferença positivamente,
com as manias do skeeter Valentine não éramos nada parecidos, mas é um fiel
amigo com boas ideias e conselhos positivos e nessa situação de dificuldade na
minha vida, ele deixa de ser um coadjuvante menino e vira um principal em meu
destino, dando força e coragem como um irmão. Estamos distantes devido à vida
corrida, trabalho, namorada, outros interesses e educação, após a confirmação
que não haverá movimento no braço e caminhar com cadeira de rodas seria minha nova
opção o desespero veio à tona, o grito de socorro estava explicito nos meus
olhos, entre tantas visitas já esperadas, ele aparece sem nenhuma explicação,
não com palavras de dó, curiosidade, nem por educação e sim com motivação,
“vamos lá! Bora sair dessa situação? Você é forte! Tenha Fé”. Em pensamento te
agradeci, assim que peguei em sua mão, dei um sorriso sem graça, e percebi que
tinha mais um irmão. Depois de anos soube que saiu mais cedo do serviço
alegando acidente com seu irmão, lagrimas caiam desesperadamente e mesmo não
sendo tão presente veio dar esperança e força aquele que estava descontente. Dias
depois dessa situação, veio me trazer um presente (foto) e disse: “esta aqui vacilão
um presente pra você não esquecer...” realmente não esqueci em momentos que eu
poderia desistir, lembro que tem pessoas como você que me fizeram... E fazem-me
sorrir. Lembro-me dos desenhos compartilhados, hoje eu já deixei de lado, e não
sigo mais a tradição, já você abraçou como profissão, fez da arte seu ganha
pão, um orgulho para seus irmãos, criou família e seguiu para outra direção,
tenho orgulho de ter você como amigo. Agradeço por você existir.
A importância do coadjuvante é
tão relevante quanto o papel principal, a diferença que esperamos muito do
principal, então o coadjuvante vem nos surpreende, e deixa o principal em
segundo plano.
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